sábado, dezembro 31, 2011



A chegar ao fim...

O ano está a terminar...
Um ano de vida de projectos, de alegrias e tristezas, de dor e sofrimento, de esperança, de empenho, de oração, de muito esforço...
Este é também um tempo de avaliar:
De identificar o caminho que fiz...
De perceber o que não correu tão bem como esperava...
Nesta altura há sempre sentimentos mistos, cansaço, alegria do dever cumprido, alguns conflitos mal resolvidos, entusiasmos que cresceram...
Mas... como todos aqueles que dão um pouco da sua vida para que outros possam conhecer o Senhor da vida, soube-nos bem! Valeu a pena!
Por tudo o que foi bom dêmos graças a Deus e rezemos:

"Obrigado Senhor, por teres confiança em mim, pela Tua Presença e Graça estarem sempre a meu lado, no esforço, na criatividade, na procura...

Senhor, um novo ano está prestes a começar.
Eu gostaria que todo ele fosse vivido contigo. Gostava de o percorrer segurando a Tua mão.
Por onde quer que eu vá, que eu saiba levar a paz e a reconciliação.
Ensina-me também a ser um construtor de amizade. Abre os meus olhos: Eu sei que Tu contas comigo para servir os meus irmãos e irmãs, para espalhar a alegria, a justiça e a paz à minha volta.


Video: FELIZ ANO 2012


FELIZ 2012!!

Abraço!!
Arménio

segunda-feira, dezembro 19, 2011

Maria




Maria é uma das figuras importantes do Advento. Preparando o nascimento de seu Filho, percebe que o seu caminho se torna serviço e generosidade para com quem dela necessita nesse momento. Parte para ser a “bem-aventurada”, na saudação sem precedentes da sua prima Isabel. Bendita tu, entre todas as mulheres. Porque “donde me é dado que venha ter comigo a mãe do meu Senhor”?

Na sequência da experiência da anunciação e consciente do mistério do dom de Deus na sua vida, Maria não se fecha, não se acomoda, não se isola; olha em redor e dá-se conta da novidade que o poder de Deus operou também na sua prima Isabel. Vai apressadamente, sinal do impulso do Espírito que a move a pôr-se a caminho para comunicar a Sua Palavra. É uma viagem de caridade, na disponibilidade de partilhar e servir.

A presença de Jesus de que Maria é portadora, habita-nos. Chega até nós sempre de uma forma surpreendente! Tantas ‘visitações’ e ‘saudações’ tocam a nossa vida para nos recordarmos que Jesus é Salvação, é Vida, é Amor! Tantas mediações cruzam a nossa vida! E nós, indiferentes, cépticos, apressados, distraídos...não O reconhecemos, não O acolhemos! Não nos deixamos estremecer! Como somos insensíveis a este Jesus que vem até nós e nos habita!
Em dias de aproximação do Natal sejamos apressados, como Maria! Coloquemo-nos a caminho, na força do Espírito que nos habita e guia a comunicar as palavras de vida e salvação que nos são ditas da parte do Senhor. Sejamos portadores da certeza do Amor incarnado em Jesus Cristo e da esperança que nos enche de alegria e confiança. Vamos apressadamente, porque a graça do Espírito não contempla hesitações!

Senhor, abre-me à Tua presença para que Te reconheça na mediação dos mensageiros que colocas na minha vida. Ensina-me a ser aberto e generoso, para que também em mim e através de mim, o Verbo de Deus se faça salvação e libertação para aqueles que O esperam e aguardam; para que encontrem nas minhas atitudes e palavras um sinal deste Amor.


MARIA, ENSINA-NOS A PREPARAR A TENDA...

Aqui estou, Maria!
Aqui estou em caminho
e quase junto ao coração de Deus
feito tenda de Natal.

Aqui estou em caminho
procurando preparar contigo e como tu
uma tenda para o Senhor.

Ensina-me a preparar a tenda.
Uma tenda em forma de coração
que permaneça sempre aberta aos homens
e onde os pequenos tenham sempre o primeiro lugar.
Uma tenda onde se respire Paz
e onde haja Paz a transbordar
e a chegar como um rio ao mar.

Uma tenda onde se escute o grito dos pobres sem pão,
dos doentes sem ternura e sem cuidados,
dos jovens sem sentido
mergulhados na dor do silêncio solitário.

Uma tenda em que os fatigados,
pela dor e pelo sofrimento,
encontrem descanso
e um copo de água para a sua sede.

Uma tenda como verdadeiro oásis
onde todos se possam abrigar
das noites do deserto, frias e sem esperança.

Ensina-me a preparar a tenda,
uma tenda para o Senhor.
Ensina-me a escuta da palavra, a disponibilidade que acolhe
o plano de Deus connosco;
o serviço de quem leva Deus
e na alegria o anuncia aos homens; a surpresa de quem recebe
a surpresa com ternura e esperança;
A alegria da salvação,
que nos chega através do teu SIM

Senhora,
ensina-me a preparar a tenda
em forma de coração para acolher a salvação de Deus,
para acolher JESUS!

Video: Maria e o Anjo

quarta-feira, dezembro 14, 2011

4ºDom - Advento


Ano B –IV DOMINGO DO ADVENTO
«Conceberás e darás à luz um Filho, a quem porás o nome de Jesus.»

O Evangelho proposto para esta semana é o da Anunciação. Trata-se de uma narração do encontro inesperado de Maria com o Anjo Gabriel que lhe anuncia o projecto de salvação por parte de Deus, que a envolve em primeiro lugar. O episódio revela-nos quem são as personagens, qual o conteúdo do anúncio, quais as reacções que tal anúncio provocou na jovem de Nazaré e que resposta foi dada.
É incrível que a Encarnação, o acontecimento fundamental para a salvação da humanidade, tenha sido anunciado de um modo tão discreto a uma jovem.  

Deus faz-se homem e vem habitar connosco: isto muda o nosso modo de ver Deus e o homem. Muda o nosso modo de existir: é-nos proposta uma Aliança, uma “co-habitação” que nos interessa e nos leva a tomar uma posição. Na resposta da fé está o nosso risco, a possibilidade de nos realizarmos, actuando o projecto de Deus, para além de toda a esperança humana. Conscientes da nossa pobreza e dos nossos limites, mas com plena confiança, como Maria, no amor omnipotente, somos chamados a dizer o nosso “sim” ao Senhor, na oração e na vida.

É sempre Deus quem decide manifestar-se e coloca-nos na condição de O conhecer e de O encontrar. É sempre Ele O mais interessado em estabelecer diálogo connosco, enquanto da nossa parte revelamos distracção ou incapacidade de reconhecer a Sua existência e os seus dons. Deus escolhe sempre o que parece ser insignificante aos olhos dos homens, mas é Ele quem projecta e propõe, dá o primeiro passo; cada chamamento traz consigo uma missão: Maria não é apenas uma criança mas uma mulher escolhida para ser, através do Filho de Deus, Mãe de toda a Humanidade. Ela será a nova Eva, aquela que, ao contrário da primeira, será obediente em tudo à vocação recebida. Deste modo, Maria encontra e deixa-se encontrar. O Anjo Gabriel é portador de uma Palavra que não é apenas discurso, mas é uma força que transforma o coração e imprime uma marca na sua existência; daí o significado do seu nome Força de Deus. Deus deseja a nossa participação no seu desígnio de salvação. Até que ponto me deixo interpelar por esta Força de Deus, que me chama e quer revelar uma missão?

ORAÇÃO
Senhor, faz que eu reconheça a Tua voz, quando quiseres falar comigo;
que eu possa reconhecer o Teu olhar, quando Te esconderes entre os meus irmãos;
faz com que eu não tenha medo dos Teus pedidos nos momentos em que os propões. Que no silêncio da minha “casa”, eu acolha a força da Tua Presença e da Tua Palavra, para que a minha história se torne história de salvação.


Vídeo: 4º Domingo de Advento-Ano-B



BOM ADVENTO

Arménio Rodrigues

sábado, setembro 24, 2011

Não temas!


Quando Cristo ressuscitado aparece aos seus discípulos diz-lhes sempre: "A paz esteja convosco!" (Lc 24,36). E todos os cristãos sabem que quem tem Deus nada lhe falta. Mas ainda subsiste uma certa imagem de um Deus temível, castigador e, diria mesmo, vingativo! A aumentar a confusão está a catequese onde se diz que o "temor de Deus" é um dos sete dons do Espírito Santo. Mas o que é o temor? Será que o temor de Deus, como dom do Espírito Santo, é o mesmo que  medo e castigo?

O temor na Bíblia
Quando a Sagrada Escritura fala em temor de Deus não está a afirmar que o homem deve estar com medo diante de Deus. Fala antes de uma atitude de reverência e respeito ao Senhor. Temer a Deus é, portanto, reverenciar e respeitar ao Criador. Senão vejamos: "Seguireis ao senhor, vosso Deus, e a Ele haveis de temer; cumprireis os seus preceitos e não obedecereis senão à sua voz; a Ele prestareis culto e só a Ele servireis!" (Dt 13,5); "O resumo do discurso, de tudo o que se ouviu, é este: teme a Deus e guarda os seus preceitos, porque este é o dever de todo o homem." (Ecl 12,13)
O temor de Deus é o ponto central da religião judaica. O homem religioso assume com seriedade as relações com Deus e o cumprimento dos mandamentos, embora sabendo que esta atitude não o irá ilibar das dificuldades e desventuras da vida. Por isso, os textos bíblicos apresentam uma série de reflexões sobre o tema. Inclusivamente Salomão, de forma didáctica, diz no livro dos Provérbios como deve ser o proceder do homem para conhecer o significado do que é temer a Deus e como o conseguir: "Se invocares a inteligência e fizeres apelo ao entendimento, se a buscares como se procura a prata e a pesquisares como um tesouro escondido, então, compreenderás o temor do Senhor e chegarás ao conhecimento de Deus." (Pr 2,3-5)
Deus é fonte desta atitude, como nos diz Jeremias. Ele mesmo a suscitou nos corações dos seus escolhidos: "Dar-lhes-ei um só coração e um comportamento íntegro, para que sempre me reverenciem, para a felicidade deles e dos seus descendentes. Farei com eles uma aliança eterna, e não deixarei de lhes fazer bem; infundirei no seu coração o meu temor para que não se afastem de mim. A minha alegria será fazer-lhes bem; estabelecê-los-ei solidamente nesta terra com todo o meu coração e com toda a minha alma." (Jer 32,30-41).
Temer a Deus é respeitar ao Senhor e começa, inicialmente, por odiar o mal. "O temor do Senhor detesta o mal. E eu detesto o orgulho, a arrogância, a má conduta e a boca mentirosa." (Pr 8,13).
Temer a Deus é virar-se contra o pecado, deixando nascer dentro do coração uma sensibilidade ao Espírito Santo, capaz de rejeitar tudo o que se opõe a Deus. O temor de Deus é, assim, a capacidade de seguir as sugestões de Deus para orientar a própria vida, pelo que não se consegue sem o dom do Espírito Santo.
No fundo, é Ele o grande Mestre que nos pode ajudar a distinguir entre o temor de Deus como dom, e o ter medo de Deus como desvio.
"Não te exaltes a ti próprio para não caíres nem atraíres sobre ti a vergonha; porque o Senhor revelará os teus segredos, e te humilhará no meio da assembleia, pois não te aproximaste do temor do Senhor e o teu coração está cheio de falsidade." (Sir 1, 12-30).
Podemos então concluir que o temor de Deus, se porventura tiver alguma coisa a ver com medo, é medo de mim próprio, medo de me afastar de Deus.
Nunca medo de Deus, porque esse é Misericórdia.

Vídeo: O Teu Nome


terça-feira, agosto 16, 2011

Férias: Ao falar de TI...




Férias

Não são férias de fé. Mas são um bom tempo para repousar um pouco. É um tempo bom para descansar, rezar melhor, para recuperar equilibrio e forças. Para ganhar energia para os novos desafios.
Nestas  férias leva a Bíblia para onde fores  para ler um pouco durante os descansos.
Boas Férias.


Ao falar de Ti...


Senhor,
Eu quero ouvir a Tua voz
Fazer florescer e frutificar a Tua Palavra,
Reconhecer-te, descobrir-te,
Em cada gesto,
Em cada palavra,
Em cada momento,
Em cada esquina da minha vida…
Perdoa o meu silêncio,
A minha falta de resposta…
Eu sei, Senhor,
Que tu conheces como ninguém
O meu coração fraco, débil,
Que a cada passo
Se deixa tentar pelo mal
Para depois se afogar em lágrimas de dor e desespero,
Eu sei também que a Tua mão
Está sempre estendida,
Pronta para me resgatar…
Vens ao meu encontro.
Perdoa, Senhor a minha cegueira,
Apura os meus sentidos e o meu coração
Para que sinta fome e sede de Ti
E Te possa sentir em tudo e todos…
Não permitas que o meu coração endureça,
Atrofie, se torne árido e seco,
Tendo a fonte tão perto de mim.
Não deixes que eu perca o brilho do olhar,
Ao falar de Ti.





Vídeo Oração



Abraço fraterno!
Arménio

sexta-feira, agosto 05, 2011

Dedicado ao Padre Celestino Ramos




"Faz-te ao largo e serás pescador de homens" 
Foi este o enorme desafio que Deus fez um dia a um jovem, que corajosamente o aceitou e... se fez ao «Largo»... e continua a «pescar» incansável e amorosamente.
Muitas têm sido, certamente, as tempestades a vencer...
Quantas vezes parecerá que o vento teima em não soprar, favorecendo a apatia daqueles que o pescador quer abraçar na rede, que sabe não ser sua mas de Deus, numa pesca que não quer para si, mas para Deus.
Mas não desiste... antes teima e prossegue, com uma esperança cheia de entusiasmo e juventude.

Falar do Padre Celestino Ramos é falar de um homem de fé, que fiel á sua missão, caminha sem medo na entrega a qualquer tarefa, mesmo a mais desafiadora e difícil.
O que mais aprecio no Padre Celestino é a sua permanente juventude, que não esmorece, mesmo no meio das maiores dificuldades.
É um homem que com a sua dedicação e serviço a Deus tem o dom de contagiar aqueles que com ele trabalham e é para cada um de nós o exemplo de que "Acreditando" é possível ir mais além dos nossos limites, desde que acreditemos sempre nas nossas capacidades.
Vi sempre no Padre Celestino, uma grande fé vivida, facilmente detetável por quem o conhece. Por isso, o entusiasmo quase adolescente com que se entrega a qualquer tarefa, tanto mais empenhadamente quanto ela é desafiadora e difícil.
Forte, convicto e decidido, empenhado de zelo e de esperança que não tropeça.
É assim o Padre Celestino Ramos. E diante de alguém assim, é muito forte a razão para dar graças a Deus.

Agradecemos a Deus a vida, agradecemos o exemplo, agradecemos a dedicação e a certeza firme do sorriso atento do padre Celestino que espelha Cristo no meio dos homens.
                                                                                                                                                                                                                                                                              Obrigado Padre Celestino por tudo o que nos tem dado!


 Muitos parabéns!!


terça-feira, julho 19, 2011

IDENTIDADE

Identidade

Nascemos frágeis e indefesos, mas cheios de potencialidades, a nossa riqueza só emerge se formos acolhidos e reconhecidos. É nesse "lar" que adquirimos as ferramentas para ler e entender o mundo e a nós mesmos. Na relação com os outros passamos de indivíduos a pessoas. Interiorizamos os valores da cultura onde vivemos, e vamos construindo assim a nossa identidade - humanizamo-nos.
É na abertura aos outros, no silêncio e na solidariedade que encontramos o sentido da vida (transcendência).
A transcendência, abertura ao divino, surge no horizonte do especificamente humano. Jesus Cristo é o modelo da nossa caminhada, ele foi acolhido, reconhecido por uma família e um povo da matriz cultural judaica. À medida que constrói a Sua Identidade pessoal, descobre que Deus é um "ABBA; Paizinho querido". Ele descobre-se Filho de Deus e relaciona-se com Ele como Filho. Lê o mundo e os acontecimentos à luz desta relação, e sente-se impelido por esta relação a anunciar o Reino de seu Pai. Sabe que vai morrer por causa disso, mas prefere ser fiel ao seu ser de Filho.
A nossa identidade passa por sermos acolhidos e reconhecidos. Esta é a plataforma para nos podermos transcender. Então podemos procurar: Deus em nós e a nós em Deus. Só aquele que está aberto ao divino é capaz de atingir a sua plena identidade como ser humano.
O Amor é a força que nos identifica!


Video: IDENTIDADE




Abraço fraterno
Arménio Rodrigues

sábado, junho 04, 2011

Ascenção


Depois da morte de Jesus, os discípulos “estavam de luto e chorosos” (Mc 16,10); tiveram dificuldade em acreditar que Ele estava vivo (cfr. Mc 16,11).

Tudo parecia perdido e terminado… Tudo parece perdido quando se perde a vocação missionária; os discípulos, como talvez muitos de nós, ainda não tinham percebido que agora somos nós, também, filhos; e, por isso, transmissores do amor do Pai a todos os irmãos. Agora, o próprio Jesus, está diante dos discípulos, de novo, como naquele primeiro dia no mar da Galileia, quando lhes disse: “segui-Me e farei de vos pescadores de homens” (Mc 1,17); hoje, de novo, recorda-lhes o sentido desse chamamento: “ide por todo o mundo e pregai o evangelho e toda a criatura”. Ser cristão é ser missionário, sem fronteiras, sem barreiras, sem férias para a missão. Ser cristão e ter coração de mãe e pai, a tempo inteiro, preocupados constantemente com o anúncio do evangelho: de noite, de dia, quando se está cansado, quando se come, quando se trabalha, quando se brinca… mas nunca por obrigação, mas simplesmente por amor, gratuito, sem cobrar. Assim, é ser cristão, ser de Cristo.

Quantas vezes, Senhor, me encontras ‘escondido’, temeroso, inerte. Quantas vezes, Senhor, pareço ter esquecido todo o amor que aprendi de Ti. Mas hoje, Senhor, como naquele dia com os discípulos, vens ao meu encontro, me recordas o sentido da minha vocação cristã… e tudo ganha sentido: ‘ide…e pregai o evangelho’! São as Tuas últimas palavras, Senhor, o Teu testamento, jamais as esquecerei. Farei da minha vida uma vida de anúncio do Teu evangelho, a toda a criatura, a todos os corações.

Se Jesus, pessoalmente, viesse ao meu encontro e me dissesse: ‘Vai por todo o mundo e prega o meu evangelho a toda a criatura’. Que faria? Que consequência teria o meu dia de hoje e a minha vida cristã, a partir de então? ‘Vai…’


Vídeo: Eis-me aqui!


Abraço fraterno!
Arménio Rodrigues

segunda-feira, maio 30, 2011

Jesus é O Caminho!




Durante a Última Ceia, Jesus fala aos apóstolos e  revela o que Lhe que sucederia, depois daquela noite. Os discípulos mostravam-se confusos com as Suas palavras... até que o Mestre lhes indica: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vai ao Pai senão por mim.” (Jo 14, 6).
Confusos ainda, perguntam (por Felipe) como ver o Pai. E o Mestre responde: “Há tanto tempo que estou convosco, e ainda não me conheceis? Felipe, quem me vê, vê também o Pai…. Não credes que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? Crede ao menos por causa das mesmas obras. … Digo-vos que aquele que crê em mim, fará também as obras que eu faço, e fará outras ainda maiores.” (Jo 14, 8, ss). E finaliza avisando de que irá voltar para o Pai.
Depois da Morte e Ressurreição de Jesus, naqueles primeiros momentos da pregação dos apóstolos, muitas vezes a confusão deve ter invadido os seus corações: para onde vamos? Por onde caminhar? O que significava tantos ensinamentos? Como colocá-los em prática?… E as palavras de Jesus voltam a soar como uma promessa: Ele é o caminho, a verdade e a vida!
Ter os olhos fixos nos passos de Nosso Senhor, para segui-Lo, é tê-Lo como Caminho, Verdade e Vida. Muitas vezes os problemas da vida, atrapalham, perturbam, tornando nebuloso o nosso horizonte. Também  perguntamos, tal como os apóstolos outrora: por onde ir? E lá está novamente a resposta da nossa fé: seguir os Mandamentos e Conselhos de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Caminhar segundos os ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo é andar em terra firme. É preciso acreditar nas suas palavras para testemunhar que, com o amor de Deus, é possível ultrapassar as adversidades, o medo e até a morte. Beber os Seus ensinamentos é estar constantemente ligado à fonte da água viva, daquela que não se esgota nunca, pois  leva-nos à eternidade!
Por isso, quando Se apresenta como Caminho, Verdade e Vida, Jesus mostra a intenção de se dar a Si mesmo, através dos santos Sacramentos, para que possamos cumprir o 1º. Mandamento: Amar a Deus sobre todas as coisas, para desejarmos e alcançarmos os bens celestes. O que conseguiremos seguramente, se valermo-nos da sua e nossa Mãe Maria Santíssima: Mediadora, Advogada e nossa Auxiliadora.


Caminho Verdade e Vida


Abraço fraterno!
Arménio Rodrigues

quarta-feira, abril 20, 2011

SEMANA SANTA



Estamos na Semana Santa! O nosso itinerário quaresmal tem agora um momento de celebração e contemplação profundo, intenso, único. A memória de Jesus, na sua entrega, na sua paixão, no seu amor ressuscitado torna-nos capazes da mudança, da profecia, do anúncio, da vida nova, simplesmente... da fé. Passemos, também nós, corajosamente, da morte à vida, do pecado à graça, da vida à vida nova em Jesus Ressuscitado.

Jesus sentou-Se à mesa com os seus Apóstolos e disse-lhes: «Tenho desejado ardentemente comer convosco esta Páscoa, antes de padecer; (...) tomou o pão e, dando graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: «Isto é o meu corpo  entregue por vós. Fazei isto em memória de Mim». No fim da ceia, fez o mesmo com o cálice, dizendo: «Este cálice é a nova aliança no meu Sangue, derramado por vós».
Depois da oração de acção de graças (em grego eucaristia), Jesus realiza um conjunto de gestos simbólicos substituindo os elementos da antiga páscoa (judaica) pelo seu próprio "corpo" e o seu "sangue". A narração da instituição da Eucaristia tem um claro carácter sacrificial: Jesus não oferece coisas, mas oferece-se a si mesmo.

O desejo intenso de Jesus indica a particularidade desta (última) ceia. Ele está plenamente consciente de que se aproxima o momento culminante da sua existência. Com os seus gestos e as suas palavras Jesus transformou aquelas circunstâncias trágicas e injustas no dom de si e na fundação da nova aliança. Dom e Aliança que se renova cada vez em que se celebra a Eucaristia. Talvez seja um bom momento para reflectir: com que "desejo" vivo a Eucaristia? Que sentido tem Jesus eucaristia na minha vida? Que significado teve esta entrega de Jesus “fazei isto em memória de mim”?

Então saiu e foi, como de costume, para o Monte das Oliveiras e os discípulos acompanharam-n’O. Quando chegou ao local, disse-lhes: «Orai, para não entrardes em tentação». Depois afastou-Se deles cerca de um tiro de pedra e, pondo-Se de joelhos, começou a orar, dizendo: «Pai, se quiseres, afasta de Mim este cálice. Todavia, não se faça a minha vontade, mas a tua». Então apareceu-Lhe um Anjo, vindo do Céu, para O confortar. Entrando em angústia, orava mais instantemente e o suor tornou-se-Lhe como grossas gotas de sangue, que caíam na terra.

"Não se faça a minha vontade, mas a tua". Jesus transforma a sua vontade humana e identifica-a com a de Deus. É este o grande acontecimento do Monte das Oliveiras, o percurso que deveria realizar-se fundamentalmente em cada uma das nossas orações:  transformar, deixar que a graça transforme a nossa vontade egoísta e a abra para se conformar com a vontade divina. Nos momentos difíceis, sabemos pedir ajuda a Deus, com humildade e fé, para encontrar no seu amor de Pai a força para enfrentar os nossos maiores medos?

Levantaram-se todos e levaram Jesus a Pilatos. Começaram a acusá-l’O, dizendo: «Encontrámos este homem a sublevar o nosso povo, a impedir que se pagasse o tributo a César e dizendo ser o Messias-Rei». Pilatos perguntou-Lhe: «Tu és o Rei dos judeus?» Jesus respondeu-lhe: «Tu o dizes».
Pilatos disse aos príncipes dos sacerdotes e à multidão: «Não encontro nada de culpável neste homem».

Pilatos compreendeu desde o início que o tipo de acusação apresentada foi preparada com arte para não lhe deixar outra alternativa: reconhece a inocência de Jesus, mas por motivos de conveniência não quer colocar-se em oposição aos acusadores. Tendo entrado no tribunal como "condenado" Jesus sai agora como "inocente" e encaminha-se para a morte como o "justo (injustamente) perseguido".  

Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, crucificaram-n’O a Ele e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda. Jesus dizia: «Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem». (...) E Jesus exclamou com voz forte: «Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito». Dito isto, expirou.
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Estas, são as últimas palavras de Jesus: palavras de perdão, de amor, de aliança; palavras com as quais resplandece mais uma vez o seu espírito filial. "Pai": as últimas palavras de Jesus recordam a sua primeira frase, pronunciada no templo de Jerusalém aos doze anos: "Não sabíeis que devia estar em casa de meu Pai?". (Lc 2, 49).
Jesus é todo aqui, na sua relação com o Pai. Entregando-se ao Pai, anuncia a sua misericórdia e reconduz a casa cada "filho pródigo", que encontra no "bom ladrão" a realização plena. O seu é um arrependimento que não nasce de motivos humanos, de simpatia por Jesus; o "bom ladrão" converte-se porque, com os olhos da fé, descobre quem é verdadeiramente aquele Jesus que está crucificado ao seu lado.

Tanto desprezo à Tua volta, Senhor. E onde estou eu para Te defender? Que espero ter para Te defender? Uma “arma atómica”… ou a força da Tua mansidão? Tantos insultos, tantos olhares sem misericórdia… para Ti que usaste de tanta bondade e que revelaste o coração misericordioso de Deus. E estás crucificado, Jesus! As Tuas mãos não se podem mover. As Tuas mãos que se estendiam para os humilhados e para os doentes e para todos os sem esperança. Aqui tens as minhas mãos, aqui tens os meus braços para continuares a abençoar e a acolher, não têm a Tua bondade, mas são todas para Ti.
Quiseste, Jesus, anunciar a bondade de Deus. Quiseste distribuir a ternura de Deus, quiseste oferecer o perdão de Deus a todos, dignos ou indignos. Cumpriste a Tua missão. Agora gritas e morres na cruz. Que o Teu grito de entrega, Senhor, solte a minha voz para Te anunciar como verdadeiro Filho de Deus; que a Tua morte, Jesus, revigore as minhas forças, para que vivas em mim e eu viva para tantos que confiaste a meu cuidado.




VÍDEO: SEMANA SANTA
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VÍDEO. NINGUÉM TE AMA COMO EU!






Boa Semana Santa!!
Abraço fraterno!
Arménio Rodrigues

domingo, abril 10, 2011

V Semana da Quaresma - Ano-A


O Evangelho segundo João procura apresentar Jesus como o Messias, Filho de Deus, enviado pelo Pai para criar um Homem Novo. No “Livro dos Sinais” (cf. Jo 4,1-11,56), o autor apresenta – recorrendo aos “sinais” da água (cf. Jo 4,1-5,47), do pão (cf. Jo 6,1-7,53), da luz (cf. Jo 8,12-9,41), do pastor (cf. Jo 10,1-42) e da vida (cf. Jo 11,1-56) – um conjunto de catequeses sobre a acção criadora e vivificadora do Messias.

O texto que hoje nos é proposto é, exactamente, a quinta catequese (a da vida) do “Livro dos Sinais”. Trata-se de uma narração única, que não tem paralelo nos outros três Evangelhos.
A cena situa-nos em Betânia, uma aldeia a Este do monte das Oliveiras, a cerca de três quilómetros de Jerusalém. O autor da catequese coloca-nos diante de um episódio – um triste episódio – familiar: a morte de um homem. A família mencionada, constituída por três pessoas (Marta, Maria e Lázaro), parece conhecida de Jesus: no vers. 5, diz-se que Jesus amava Marta, a sua irmã Maria e Lázaro. A visita de Jesus a casa desta família é, aliás, mencionada em Lc 10,38-42; e João tem o cuidado de observar que a Maria, aqui referenciada, é a mesma que tinha ungido o Senhor com perfume e lhe tinha enxugado os pés com os cabelos (vers. 2, cf. Jo 12,1-8).


A questão principal do Evangelho deste domingo – e que é uma questão determinante para a nossa existência de crentes – é a afirmação de que não há morte para os “amigos” de Jesus – isto é, para aqueles que acolhem a sua proposta e que aceitam fazer da sua vida uma entrega ao Pai e um dom aos irmãos. Os “amigos” de Jesus experimentam a morte física; mas essa morte não é destruição e aniquilação: é, apenas, a passagem para a vida definitiva. Mesmo que estejam privados da vida biológica, não estão mortos: encontraram a vida plena, junto de Deus. A história de Lázaro pretende representar essa realidade.


• No dia do nosso Baptismo, escolhemos essa vida plena e definitiva que Jesus oferece aos seus e que lhes garante a eternidade. A nossa vida tem sido coerente com essa opção? A nossa existência tem sido uma existência egoísta e fechada, que termina na morte, ou tem sido uma existência de amor, de partilha, de dom da vida, que aponta para a realização plena do homem e para a vida eterna?


• Ao longo da nossa existência nesta terra, convivemos com situações em que somos tocados pela morte física daqueles a quem amamos… É natural que fiquemos tristes pela sua partida e por eles deixarem de estar fisicamente presentes a nosso lado. A nossa fé convida-nos, no entanto, a ter a certeza de que os “amigos” não são aniquilados: apenas encontraram essa vida definitiva, longe da debilidade e da finitude humanas.


• Diante da certeza que a fé nos dá, somos convidados a viver a vida sem medo. O medo da morte como aniquilamento total torna o homem cauteloso e impotente face à opressão e ao poder dos opressores; mas libertando-nos do medo da morte, Jesus torna-nos livres e capacita-nos para gastar a vida ao serviço dos irmãos, lutando generosamente contra tudo aquilo que oprime e que rouba ao homem a vida plena.
A vida é esperança. Estão vivos aqueles que esperam. Depois do momento do nosso nascimento, em que fomos criados, somos habitados pela esperança. Não cessamos de procurar, esperar, desejar. Procuramos os sinais de Deus? Esperamos a sua vinda? Desejamos a sua presença? Neste tempo da Quaresma, somos convidados à conversão. A esperança opera uma mudança nos nossos comportamentos. Não nos contentemos com esperanças que nos podem decepcionar. Nós vivemos de esperança, porque Deus não pode decepcionar-nos. Porque o nosso Deus é um Deus que fala, somos chamados por Ele. A esperança faz-nos escutar os seus apelos e responder-lhes. Sejamos vivos. Sê-lo-emos se nós esperamos. 

Vídeo V Semana da Quaresma



SANTA QUARESMA

Abraço fraterno!
Arménio Rodrigues

sexta-feira, abril 01, 2011

Quaresma 4ª-semana - Ano A


Nesta caminhada quaresmal, a liturgia apresenta-nos a cura do cego de nascença. Jesus é a luz do mundo que vem abrir os nossos olhos à fé, à nossa adesão plena como discípulos. Quando tudo parece perdido, Jesus faz-se próximo, com o seu brilho, para dar sentido à nossa vida. Assim, são-nos apresentados dois caminhos: o caminho da visão plena, percorrido por aquele homem inicialmente cego, mas que chegou ao reconhecimento de Jesus como Messias; e o caminho da cegueira obstinada, renitente, personificada pelos fariseus e pelas autoridades judaicas que se recusaram em reconhecer, em ver, em Jesus a luz do mundo.

O caminho de Jesus é a vida dos necessitados, dos que sofrem, sejam eles pecadores, cegos, coxos, ou excluídos da sociedade e do culto. O caminho de Jesus é passar e dar sentido, luz, aos que estão à beira do caminho, “encostados”, à espera que alguém passe, os atenda, os conduza à luz, à abertura dos olhos para a fé. Jesus é o filho obediente que está no mundo para ser luz no caminho dos homens e manifestar as obras de Deus. Este cego que Jesus encontra, representa as nossas cegueiras, tudo o que colocamos como prioridades, sem Deus, e que ofusca a visão plena de Deus: nada vemos além do nosso mundo fechado de trevas… e precisamente aí, quando tudo parece perdido, onde não encontramos saída… aparece Jesus, num gesto criador! O toque de Jesus, acompanhado com a nossa obediência, dará lugar ao milagre! Porque teimamos a nossa cegueira? Falta-nos confiar em Jesus?

ORAÇÃO
Quantas vezes, Senhor, também eu não quis acreditar no brilho da Tua luz. Quantas vezes se tornou difícil ver as Tuas obras de Deus em mim. Mas, Senhor, meus pais são testemunho dos pequenos milagres que aconteceram na minha vida; eles conduziram-me a Ti, luz de Deus e, desde então, recolho-me nos Teus braços de Pai, no Teu colo de Mãe, na certeza que estás junto a mim, na noite e no dia. Tu és o Messias de Deus na minha vida.


Video - 4ª Semana da Quaresma



Continuemos o caminho...

Santa Quaresma!

Abraço fraterno!
Arménio Rodrigues

sexta-feira, março 25, 2011

Quaresma 3ª Semana



Naquele tempo, chegou Jesus a uma cidade da Samaria. Jesus, cansado da caminhada, sentou-se à beira do poço. Veio uma mulher da Samaria para tirar água. Disse-lhe Jesus: “Dá-me de beber”.

Jesus e os seus discípulos chegam a Samaria e, fatigados da viagem, resolvem fazer uma pausa para restaurar forças. Enquanto os discípulos vão à procura de comida, Jesus senta-se à beira de um poço. Naquele mesmo momento, vem uma mulher para tirar água. E, inesperadamente, dá-se um encontro, porque Jesus toma a iniciativa e faz um pedido.
Surpreende-me ver um Jesus que é peregrino, que se cansa, que procura descanso, que toma a iniciativa do encontro e que faz pedidos. O que posso aprender com Ele? No meu cansaço, sei procurar descanso? Como é o meu descanso? Lembro-me de descansar em Jesus? Se assim o fizesse, uma vez que é Ele que toma a iniciativa, Ele encontrar-me-ia. O que me pediria? Talvez agora entenda porque é que procuro preencher tanto o meu dia: para não ter estes momentos de descanso, ser encontrado/a por Ele e não ter que atender aos seus pedidos...

Tal como a samaritana, também eu sou capaz de “inventar” desculpas para evitar o encontro, uma vez que os encontros me “obrigam” a sair de mim mesmo/a e a prestar atenção ao outro. Que desculpas são as que dou para não me encontrar com Jesus, com os outros e comigo mesmo/a? A falta de tempo, o cansaço, o desconhecimento, o medo, a insegurança, a avareza, as diferenças (culturais, económicas, religiosas)?

Jesus dá-se a conhecer. Sou capaz de lhe dedicar atenção, como a samaritana o fez? Se estivesse atento/a às vezes que Ele se encontra comigo para Se dar a conhecer… Estou disposto/a a conhecê-Lo mais e melhor? Dou-me conta que só Ele é capaz de matar todas as minhas sedes e, sobretudo, a sede de uma vida plena, para sempre?
Sou capaz de ser como a samaritana e partilhar com os outros a novidade de Jesus como Enviado, Filho e Revelador de Deus? Sou consciente de que se for capaz, muitos poderão ir ao encontro de Jesus e conhecerem-n’O como Salvador das suas vidas e do mundo? Se não sou capaz, isso deve-se apenas ao facto de que ainda não permiti que Ele se encontrasse verdadeiramente comigo...

No encontro com a samaritana Jesus oferece a água viva que permanece. Que transforma. A água que é vida. No encontro de Jesus com cada um de nós, somos chamados a partilhar uma vida nova, a transformar o nosso interior para a identidade plena com Ele. Porque Ele é o Messias, Senhor. Ele é a fonte do nosso existir e da nossa fé. O sentido do nosso sentido. Estaremos dispostos, também nós a beber da sua água de compromisso e vida nova?


Video III Semana da Quaresma


Santa Quaresma


Abraço fraterno!
Arménio Rodrigues

sábado, janeiro 01, 2011

Epifania do Senhor

Epifania
A caminho da estrela… Os magos tinham o hábito de perscrutar os astros. Eles viram uma estrela, sem dúvida nova para os seus olhos, então puseram-se a caminho… Aquele que procuravam parece querer fazer-se conhecer, um sinal basta para estes magos. Param, experimentam uma grande alegria, prostram-se e oferecem os seus presentes. A criança que eles descobrem não é uma criança como as outras: é rei, então oferecem-lhe oiro; é Deus, então queimam incenso; passará pela morte antes de ressuscitar, então apresentam a mirra. Para o regresso, não têm necessidade de estrela. Deus convida-os a regressar por outro caminho. O verdadeiro rei não é Herodes, mas esta criança que acaba de nascer.
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• Os “magos” são apresentados como os “homens dos sinais”, que sabem ver na “estrela” o sinal da chegada da libertação… Somos pessoas atentas aos “sinais” – isto é, somos capazes de ler os acontecimentos da nossa história e da nossa vida à luz de Deus? Procuramos perceber nos “sinais” que aparecem no nosso caminho a vontade de Deus?

• Os “magos”: viram a “estrela”, deixaram tudo, arriscaram tudo e vieram procurar Jesus. Somos capazes da mesma atitude de desinstalação, ou estamos demasiado agarrados ao nosso sofá, ao nosso colchão especial, à nossa televisão, à nossa aparelhagem, ao nosso computador? Somos capazes de deixar tudo para responder aos apelos que Jesus nos faz através dos irmãos?

• Os “magos” representam os homens de todo o mundo que vão ao encontro de Cristo, que acolhem a proposta libertadora que Ele traz e que se prostram diante d’Ele. É a imagem da Igreja – essa família de irmãos, constituída por gente de muitas cores e raças, que aderem a Jesus e que O reconhecem como o seu Senhor.

Vídeo: Epifania do Senhor





Arménio Rodrigues
menorodrigues@gmail.com