Após
a revolução de 1 de Dezembro de 1640, D. João, Duque de Bragança, deslocou-se
de Vila Viçosa para Lisboa onde foi aclamado Rei de Portugal após 60 anos de
domínio espanhol.
Logo depois mandou celebrar na Capela Real,
a 8 de Dezembro, imponente solenidade em honra de Maria Santíssima.
O Rei Restaurador sentia o desejo de
engrandecer a Mãe de Deus por tantas graças concedidas a Portugal por Sua
intercessão e, assim, no dia 25 de Março de 1646, estando as Cortes reunidas
com o seu soberano, foi lida, pelo secretário de Estado, a Provisão Régia onde
El-Rei consagrava Rainha de Portugal Nossa Senhora da Conceição.
Mais tarde, já no reinado do seu filho D.
Pedro II, o Papa Clemente X, respondendo a um pedido de D. João IV, confirmou,
a 8 de Maio de 1671, a eleição de Nossa Senhora da Conceição como Rainha de
Portugal.
Desde então, os Reis Portugueses acharam por
bem abdicar da coroa nas suas cabeças, passando a ser representados com a coroa
a seu lado.
Não se repetindo a História, parece,
contudo, repetir-se idêntica atmosfera de incerteza e de angústia...
Que neste vazio os Portugueses do nosso
tempo estejam dispostos a fazer crescer no seu coração o infinito amor a Nossa
Senhora da Conceição, amor que os nossos antepassados semearam em nós.
O Mistério da Imaculada Conceição aponta para a humanidade
de Maria concebida por Deus sem mancha de pecado e para a resposta livre de
Maria que seguiu esse caminho de graça mantendo-se imaculada.
Foi no encontro desta escolha livre de Deus e na resposta livre
de Maria, pelo seu sempre «SIM» radical ao projecto de Deus, que se deu o
nascimento de Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, no qual a
Humanidade e a Divindade não se desencontram mas encontram-se numa perfeita
harmonia. Aprendendo a viver a fé com Maria podemos também nós fazer esta
experiência de encontro entre Deus e a nossa humanidade, descobrindo Cristo
como Aquele que nos habita, como Aquele que é mais íntimo a nós do que nós
mesmos, como Aquele que nos chama a viver a nossa humanidade à Sua semelhança.
Senhora,
Com
a aproximação desta época natalícia, vimos, mais do que pedir, agradecer.
Agradecer o facto de nos protegeres e orientares. Retribuir o amor e carinho de
mãe que nos teces. Enfim, louvar-te em nome de todas as mães que, diariamente,
contam com o teu suporte e compreensão...com a tua ajuda e auxílio. É certo que
o Natal se encontra, já, desprovido de quaisquer valores morais, devido,
talvez, ao apego que detemos sobre as coisas materiais. Ensina-nos a, tal como
tu, procurar o caminho de Deus, mesmo que tal implique o abandono de coisas
que, aos nossos olhos, são fundamentais. Auxilia-nos neste caminho penoso e
fortalece, também, as nossas mães.
Pretendemos
melhorar e tornar esta época um momento de reconciliação e união – é tempo de
perdoar, é hora de ajudar. É da nossa inteira responsabilidade dar o primeiro
passo...
Ajuda-nos,
Senhora, a tornar a nossa pretensão algo concretizável.
Vídeo - Imaculada Conceição
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